segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O PALÁCIO ESQUECIDO

Nas fotos abaixo, vê-se o antigo PALÁCIO LEOPOLDINA, o PALÁCIO ESQUECIDO pelos cariocas e pelo restante do Brasil, e os seus primeiros ocupantes, a princesa Leopoldina Thereza e seu filho, o príncipe Pedro Augusto.
Tal Palácio foi um presente nupcial do Governo Imperial à segunda filha do Imperador Pedro II, a princesa Leopoldina Thereza, quando esta se casou com o Duque de Saxe, em 15 de dezembro de 1864.
O casal pouco tempo morou neste Palácio, pois que foram residir na Europa em 1867.
Ficava o Palácio Leopoldina nas terras do antigo Caminho do Parque, depois chamado de "Rua do Duque de Saxe" e, atualmente, a rua se chama "Rua General Canabarro", no bairro do Maracanã, próximo do Estádio Mário Filho e da Universidade Veiga de Almeida.
Como o povo brasileiro não tem memória mesmo a preservar (!!!), o Palácio foi demolido para, em seus terrenos, estar hoje construído o CENTRO TECNOLÓGICO CELSO SUCKOW DA FONSECA, o conhecido CEFET, inaugurado em 07 de outubro de 1944.
Os dois filhos mais velhos dos Duques de Saxe - O Príncipe Pedro Augusto - o "Príncipe Maldito", nos dizeres da historiadora Mary Del Priore, e o seu irmão, Príncipe Augusto Leopoldo -  residiram nele até à Proclamação da República, em 15/11/1889, quando foram expulsos do Brasil junto com os outros membros da Família Imperial.
Os jardins do Palácio Leopoldina eram dos mais belos que o Rio de Janeiro já conheceu.


ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2010

Para ficar "de olho" nas eleições presidenciais de 2010, acompanhando as propostas e agendas dos principais candidatos, Dilma Roussef e José Serra, acesse:

site da Dilma: http://www.dilma13.com.br/
twitter da Dilma: dilmabr

site do Serra: www.serra45.com.br/home
twitter do Serra: joseserra_

Resultados do Primeiro Turno das Eleições 2010: www.tre-rj.jus.br/resultado2010/

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O CENTENÁRIO DA REPÚBLICA PORTUGUESA - 05 DE OUTUBRO DE 2010


100 ANOS DA REPÚBLICA PORTUGUESA - 05 DE OUTUBRO DE 2010


Impossível não comentar o Centenário da República Portuguesa, comemorado hoje. Há exatos 100 anos atrás teve início a 1ª República em Portugal, sob o comando de Teófilo Braga, do Partido Republicano, o PRP.
Nada foi tranquilo nas terras D'além Mar. Com a fundação, em 1876, do Partido Republicano, legalmente constituído e aceito ainda nos tempos da Monarquia Portuguesa, esta passou à sua longa e gradual agonia. Em 1882, nas comemorações do centenário da morte do Marquês de Pombal, os republicanos tentaram aproveitar a ocasião para fazer propaganda da República, mas o governo Real impediu veementemente as manifestações. A partir daí, os ânimos se acirraram, e a queda da Monarquia era dada como certa. Só não se sabia bem quando.
Os últimos reis portugueses não foram péssimos governantes, não caindo assim a instituição no total desagrado popular. Basta lembrar Dona Maria II, D. Pedro V, D. Luís I e D. Carlos I, todos esclarecidos, e muito pouco déspotas. Porém, o contentamento não era de todos os setores. Tramava-se por trás das cortinas o desfecho do reinado da Casa de Bragança.
Com o regicídio de 1908, no qual foram assassinados o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Felipe, a Casa de Bragança passou a viver os seus piores dias, desde 1640. A Monarquia dava os seus últimos suspiros em Portugal.
O último rei, D. Manuel II, o "desventurado", assumiu o trono muito jovem, sem preparo à altura do elevado cargo, e sem o apoio necessário de variados e importantes setores para empreender diversas reformas de cunho político-administrativo e sócio-econômico.
Uma revolução eclodiu, e ninguém a pôde segurar.
Em 05 de outubro de 1910, o rei foi deposto. D. Manuel II exila-se, então, na Inglaterra, antigo país aliado de Portugal. E os Republicanos põe a mão na massa, lançando variadas reformas: logo a 08 de outubro expulsam as Ordens Religiosas e proíbem o ensino religioso nas escolas; a 12/10  criam a Guarda Nacional Republicana; no dia 18 de outubro aboliram os títulos de nobreza e fidalguia; a 03 de novembro aprovaram a lei do divórcio, e a 15 de dezembro de 1910 instituíram o casamento civil e a lei familiar. A nova bandeira nacional teve guarida em 1º de dezembro de 1910. O Brasil,  em 22 de outubro de 1910, reconheceu oficialmente a nova República Portuguesa. Tão logo é instaurado o novo regime, uma onda de greves sacode o país, e uma sucessão de golpes e contra-golpes ocorre na política lusitana.
A situação confusa perdura no país por muitos anos. Em 03 de junho de 1926 Mendes Cabeçadas passou a governar por Ditadura, que se prolongará em Portugal até 25 de abril de 1974.
Salve Portugal!

P.S.: Nas fotos do post, a imagem do jovem Rei D. Manuel II, em trajes majestáticos, e a segunda foto já no exílio, com sua mulher, a princesa Augusta Victória de Hohenzollern.

O ANDARAÍ, BAIRRO CARIOCA

O Andaraí é um bairro carioca, dos mais antigos do Rio de Janeiro, com cerca de 400 (quatrocentos) anos de história.
Aqui no blog, para compor o título de Conde, agregamos junto a ele o sufixo "de Andarahy", utilizando a grafia antiga do nome do bairro.
Andaraí significa "rio dos morcegos", na linguagem dos índios tamoios que habitavam a região. De fato, há um rio que desce através do morro do Andaraí, seguindo por trás dos imóveis da Travessa Caminha, e que segue subterrâneo e silencioso pelas Ruas Dona Amélia e Paula Brito, e que deságua no canal da Rua Maxwell, indo terminar na Baía de Guanabara. Hoje esse rio se denomina "rio Joana", mas é o mesmo do tempo dos tamoios, o "Andira-y", como eles chamavam. E os morcegos? também não desapareceram, ainda existem, só que em número reduzido, em comparação com o tempo antigo.
Nos tempos do II Império brasileiro, havia uma distinção básica, para fins administrativos da cidade: O Andarahy Grande, que compreendia as áreas do Andaraí atual, junto com Vila Isabel, Grajaú e Aldeia Campista (bairro esquecido do Rio de Janeiro), e o Andarahy Pequeno, que é o bairro da Tijuca.
Ainda no Século XIX, o "Andarahy Grande" deixou de existir na nova configuração político-administrativa da cidade,  com a separação do Andaraí propriamente dito, dos novos bairros que foram criados: Vila Isabel, em 1873; Aldeia Campista, em 1897 e o Grajaú, em 1912. E o "Andarahy Pequeno" passou a ser chamado, definitiva e oficialmente, de Tijuca.
A primeira via do bairro foi aberta no ano de 1875, e se chamava "Estrada do Andarahy Grande", e começava nos terrenos da chácara do Conde de Bonfim, e se estendia até as proximidades da "Fazenda do Macaco", de propriedade da Duquesa de Bragança, para facilitar o acesso de pessoas, bens e víveres na região. A "Estrada do Andarahy Grande", através do Decreto nº 1165, de 31 de outubro de 1917, passou a denominar-se "Rua Barão de Mesquita", em homenagem a esse nobre brasileiro, que ali residia. É dos pouquíssimos logradouros do Rio de Janeiro que mantém praticamente o mesmo início e o mesmo fim e o mesmo traçado, ora reto, ora com curvas. De fato, a Rua Barão de Mesquita, antiga Estrada do Andarahy Grande, ainda começa na chácara do Conde de Bonfim, atual Colégio Militar, e vai terminar nas proximidades da Fazenda do Macaco, ou melhor, vai terminar num dos antigos caminhos que davam nessa fazenda, a atual Rua Duquesa de Bragança, no Grajaú (Largo do Verdun).
O Andaraí é um bairro muito famoso na gloriosa literatura brasileira, pois ele é citado em várias obras dos eminentes escritores MACHADO DE ASSIS e JOSÉ DE ALENCAR (vide os romances "Helena" e "Senhora", respectivamente de Machado e Alencar). Machado de Assis, aliás, costumava visitar o seu amigo Francisco de PAULA BRITO, famoso livreiro do Rio Antigo, na chácara deste, na rua que lhe consagrou a Prefeitura por decreto do ano de 1917. E por achar, talvez, o Andaraí tão pitoresco, é que Machado decidiu utilizá-lo em sua literatura.
O autor deste blog reside no Andaraí há mais de 30 anos,  sendo o blog, portanto, uma alusão e uma homenagem ao bairro!

O QUE É UM CONDE?


Conde é um título nobiliárquico.
Conde, originário do latim, "comite" ou "comes", tem o significado de "companheiro", "assessor", ou "aquele que recebe um cometimento", e esse cometimento pode ser uma responsabilidade qualquer dada por um soberano, exemplo: zelar pelo bem dos necessitados do seu condado, ou pode estar relacionado a possuir um vínculo com a terra (isto é, ter uma posse territorial, uma fazenda).
O feminino de Conde é "Condessa", com a pronúncia de  "ê"  fechado.
Na nobiliarquia portuguesa e na brasileira, esse título era concedido acima do de Visconde, e abaixo do de Marquês.

Na parte superior do post, temos o modelo da coroa usada pelos Condes no Brasil durante a Monarquia, um modelo em preto e branco, e o outro, colorido. Vêm daí a expressão "cabeças coroadas", pois todos os nobres tinham direito de usar uma coroa sobre a cabeça.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O CONDE DE ANDARAHY

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